Erick Felipe de Sousa Carvalho, 31 anos, foi preso sob suspeita de ameaçar uma juíza da 1ª Vara Criminal e da Vara de Execuções Penais de Parnaíba, cidade localizada a cerca de 340 quilômetros de Teresina. As ameaças eram publicadas nas redes sociais. O homem publicava áudios e vídeos em suas redes sociais e usava palavas de baixo calão para se referir a magistrada e, ainda, convocou uma facção criminosa para invadir o fórum onde a juíza trabalha.
Ele foi preso por volta das 10h, no bairro Dom Rufino IV, onde o suspeito reside. Ele já foi condenado em 2022 por furto qualificado, mas cumpre a pena em regime aberto. O crime aconteceu em 2016. Nos vídeos ele se diz injustiçado pela juíza que o condenou e afirma que é inocente deste crime.
O homem foi preso em flagrante porque um dos vídeos foi publicado na manhã de hoje. Durante a prisão ele disse aos policiais que possui transtorno mental, mas não apresentou laudo médico que comprove o fato.
"Ele resistiu à prisão e aparentemente não apresenta nenhum distúrbio mental, mas vamos aguardar a entrega de laudo médico. Ele está se contradizendo, ontem ele disse que não era faccionado, hoje de manhã já veio com essa história de que é faccionado, convocou a facção para invadir o fórum e disse que se a facção não fosse ele iria sozinho, mas não se confirmou até o momento. Foi apreendido o celular dele e será periciado", disse o delegado Ayslan Magalhães, que comanda a investigação.
Em um dos vídeos, ele usa uma máscara para cobrir o rosto e convoca os membros de uma facção criminosa para invadir o fórum e "matar ou morrer". A máscara foi apreendida no momento da prisão do suspeito. Ele também ameaça atirar e soltar bombas contra a magistrada.
A prisão dele foi realizada pela Força Integrada de Combate do Crime Organizado (Ficco), que é composta por membros da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Policia Penal Federal, Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Penal Estadual.
Ostentação e publicação de cenas de sexo
Nas redes sociais, o homem ostentava dinheiro e publicava cenas de sexo. A polícia vai investigar de onde vem o dinheiro que ele ostenta e se as cenas foram gravadas com consentimento das pessoas que aparecem nos vídeos.
"Ele ostentava muito nas redes sociais, saídas e diversas garotas de programa. Não sabemos qual o tipo de renda que ele tem e vamos investigar de onde vinha esse dinheiros que ele ostentava nas redes sociais", disse o delegado Ayslan Magalhães, que comanda a investigação.