“Não vou sair correndo atrás de folião. O que a gente pede é a compreensão das pessoas. Só faltava agora botar Guarda Municipal atrás de folião. Isso não vai acontecer. A gente tem permitido que a cidade celebre, que seja vivida a vida. A cidade está cheia, as ruas estão cheias, bares e restaurantes lotados. A cidade está aberta, está celebrando. Não vou ficar atrás de folião nem por um decreto”, afirmou Paes no último dia 16.
Os blocos têm aproveitado essa brecha deixada pela prefeitura para sair às ruas neste feriadão. Na tarde de hoje (23), por exemplo, um bloco reuniu centenas de foliões na Cinelândia, no centro da cidade.
Pedro Henrique Garcia, de 22 anos, era um desses foliões. Segundo ele, desde o início do feriadão, já foi há vários blocos. “Sentia muita falta disso. É uma coisa que vem desde criança comigo. Infelizmente não teve a preparação que a gente esperava. Não tem banheiro e as pessoas estão tendo que usar a rua”, disse.
Julia Souza, de 26 anos, aproveitou o sábado para ir à Cinelândia com as amigas. Segundo elas, era o primeiro bloco que elas curtiam neste feriadão. “A gente ouviu falar que os blocos seriam bons, só não viemos antes por uma amiga minha estava trabalhando. Aproveitamos hoje, que é sábado, para vir ao bloco”.
No momento em que a Agência Brasil esteve no bloco, havia apenas uma viatura da Polícia Militar e um furgão da Guarda Municipal, que deixou o local antes da reportagem.
Em seu perfil no Twitter, na última terça-feira (19), Paes afirmou que não autorizou os blocos porque não teve tempo de preparar a estrutura necessária para os blocos. “A organização do carnaval de rua – iniciada em meu 1º governo – exige meses de preparação, algo difícil na imprevisibilidade dos tempos pandêmicos”, escreveu.
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